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Como é que um vírus pode causar um cancro?

Todos os elementos no universo se propagam. Os seres vivos, através da divisão das suas células, propagam as suas características armazenadas nos seus genes que constituem o seu genoma. Os vírus não são considerados seres vivos pois não se dividem como as células. Têm um tamanho microscópio, geralmente 1,000 a 10,000 vezes menor que uma célula do nosso corpo. No entanto, assim como os seres vivos, os vírus possuem informação genética no seu genoma que está protegido por um invólucro de proteínas virais. Para propagarem o seu genoma, os vírus infectam células e usam-nas para fazerem muitas cópias dos seus genomas. Para tornarem eficiente o processo de replicação do seu genoma, os vírus ativam a divisão e proliferação celular. Quando as infecções virais se tornam crónicas, a divisão e proliferação celular também são persistentes. Numa população de células em constante divisão e proliferação podem acumular-se mutações genéticas que levam ao aparecimento do cancro. Isto é o que acontece com a infecção pelo vírus do papiloma humano no útero de mulheres, em que a infecção crónica associada à divisão e proliferação celular induzida pelo vírus leva ao aparecimento do cancro. Neste tipo de cancros a infecção viral é necessária para o aparecimento do cancro. Ou seja, se eliminarmos o vírus eliminamos o cancro. No meu laboratório no Instituto de Medicina Molecular procuramos descobrir como é que podemos eliminar vírus que estão associados a linfomas e assim curar este tipo de cancro.

Saiba mais sobre o trabalho desenvolvido no laboratório liderado pelo cientista Pedro Simas.

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