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Maria Manuel Mota é uma dos oito investigadores coordenadores distinguidos com financiamento da Iniciativa Ibérica de Investigação e Inovação Biomédica divulgada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela Fundação la Caixa. No âmbito desta iniciativa o investigador do iMM Miguel Castanho é colaborador de um projeto coordenado por um grupo de investigação em Espanha.

Cada investigador coordenador vai receber até 1 milhão de euros por três anos para desenvolverem os seus projetos em áreas como as doenças infecciosas, neurociências e doenças metabólicas.

Maria Manuel Mota, investigadora principal e diretora executiva do iMM, vai receber 500.000 € para coordenar um projeto de três anos que visa desvendar o “calcanhar de Aquiles” do parasita da malária. A malária continua a ser a doença infecciosa parasitária mais grave que mata uma criança a cada dois minutos. A infeção começa quando os mosquitos Anopheles injetam esporozoítos de Plasmodium na pele do hospedeiro. Nos mamíferos, estes parasitas atacam o fígado e os hepatócitos, onde se reproduzem gerando dezenas de milhares de merozoítas. No entanto, a explicação para a elevadíssima taxa de replicação ainda não é conhecida. Agora, a equipa liderada por Maria Mota pretende entender como é que os recursos disponíveis no fígado dos mamíferos moldaram a evolução dos parasitas do Plasmodium. Maria Mota diz: “Ao entender como o Plasmodium usa este recurso chave das células do hospedeiro, pretendemos desvendar o “Calcanhar de Aquiles” do parasita. Isso estabelecerá um novo paradigma na nossa compreensão do comportamento do parasita e abrirá caminho para novos alvos profiláticos/terapêuticos contra a malária.”

Miguel Castanho, investigador principal no iMM, receberá cerca de 230 mil euros como colaborador de um projeto liderado por David Andreu, investigador principal do Departamento de Ciências Experimentais e da Saúde da Universitat Pompeu Fabra, em Barcelona. Juntamente com um grupo no Brasil, os investigadores propõem combater o vírus Zika, responsável por malformações no cérebro de recém-nascidos, como microcefalia, quando mulheres grávidas são infectadas. “Atualmente não existem vacinas ou medicamentos para combater o vírus Zika e neste projeto, propomos desenvolver moléculas inteligentes que podem viajar da mãe para o cérebro do feto, inativando o vírus”, explica o investigador português, Miguel Castanho. O projeto agora selecionado pela Fundação “la Caixa” tem um valor total de cerca de 790 000 €.

Ainda nesta iniciativa foram contemplados os investigadores Colin Adrain (Instituto Gulbenkian de Ciência, IGC), Carlos Ribeiro e Leopoldo Petreanu (ambos da Fundação Champalimaud) e também, Rui Castro (iMed.ULisboa), Rodrigo Cunha (CNC, Universidade de Coimbra), Agostinho Carvalho (Universidade do Minho) e Joaquim Correia (Universidade do Porto).